Importação do Xiaomi Mi 11 Ultra para o Brasil e review de primeiras impressões

O interesse de importar smartphones para o Brasil vêm crescendo cada vez mais, e não é surpresa que Xiaomi seja um dos primeiros nomes a se pensar nesse caso, por conta de oferecer a famosa relação de Custo x Beneficio.
Hoje, nós estamos falando do Mi 11 Ultra, um smartphone da categoria Ultra que está chamando bastante atenção pelo fato de estar sendo oferecido por um preço extremamente atrativo, e é até hoje considerando um dos maiores lançamentos já feitos pela Xiaomi.
Mi 11 Ultra foi lançado no ano passado (2021), oferecendo tudo de melhor que se podia imaginar até então, tendo o melhor processador, uma tela nítida na resolução de WQHD+, câmeras de qualidade com zoom de até 120x, carregamento sem fio de 67W, IP68, e claro, não podemos esquecer do detalhe que mais se destacou: a presença de uma pequena tela junto no conjunto das câmeras, que abriu a possibilidade a maiores recursos, como tirar fotos e gravar vídeos selfies com as câmeras traseiras, checar horário, porcentagem de bateria e notificações, e o modo de extrema conservação de bateria, onde somente a tela traseira é usada. Não é atoa que com tantos recursos pra chamar atenção, conseguiu competir com grandes nomes como o Samsung S21 Ultra, iPhone 12 Pro Max, e até Huawei Mate Pro 40+.
Esse artigo servirá pra demonstrar a minha experiência pessoal com todo processo de importação, unboxing, e a minha review de primeiras impressões.
Dito isso tudo, vamos indo ao tópico.

Mi 11 Ultra: Especificações Completas

Processo de importação

A compra foi feita no Aliexpress, e uma coisa importante a saber em relação a disponibilidade do 11 Ultra nesta plataforma, é que a Versão Global não se encontra mais a venda, atualmente só tendo a opção de pegar a Versão Chinesa lacrada, ou a mesma, mas aberta para instalação de uma ROM Global. Mesmo assim, a sua experiência não é afetada, pois este smartphone tem todas as bandas do 4G que o Brasil usa, e com a “configuração” certa, funciona normalmente os aplicativos de banco, NFC, e widevine (usado pra qualidade de alta resolução na Netflix por exemplo). Mais detalhes sobre ROMs em alguns tópicos abaixo.
Com isso em mente, eu escolhi a edição 8/258 com a ROM CN, por ser lacrada e mais barata que ROM Global, da loja Hong Kong Goldway.
Detalhes da compra e envio: Foi comprado dia 05/09, no valor de R$3252,16, enviado em 10, recebido pelo correios em 16, e só no dia 22 foi encaminhado pela fiscalização, onde foi taxado por R$178,41, e liberado já no 24/09, e por fim, recebido no dia 05/10. Estava declarado como TOUCH SCREEN PHONE $52,01, que foi decidida pelo próprio vendedor.

Experiência de Unboxing

O unboxing é o mais simples possível, pois a Xiaomi fez uma decisão que afetou toda a linha Mi 11: O carregador não iria vir na caixa do smartphone, em troca de oferecer a possibilidade de comprar somente o smartphone, ou acompanhado de um carregador de 67W em uma caixa separada, mas sem custo adicional. O que resulta em termos uma caixa bem fininha, que contém apenas: O Mi 11 Ultra, seus manuais e termos de uso, uma capinha de silicone simples, e a chave para remoção da gaveta de SIM.
Já o carregador separado não é nenhuma surpresa, contendo a tomada no padrão americano e o cabo, além de um adaptador no padrão europeu fornecido de cortesia pelo vendedor.
Vale a pena mencionar que essa decisão de remover carregador da caixa do aparelho afetou apenas alguns aparelhos da Xiaomi na China, não foi repassada para quaisquer aparelho Global, incluindo o próprio 11 Ultra.

Software e sistema

Tendo comprado a edição CN, logo ligando o celular me deparo com MIUI Chinesa, que se destaca pelas seguintes características:
-Tem somente os idiomas Mandarim e Inglês
-Ausência de aplicativos e serviços Google, sendo substituído por aplicativos próprios da Xiaomi, como a Agenda, Contatos e Discador
-Funções adicionais e experimentais, como a integração com o computador através do MIUI+
Na minha experiência, notei animações mais fluidas, e também maiores recursos de segurança e privacidade, como a presença de histórico de atividade dos aplicativos, teclado dedicado a digitação de senhas e dados privados, restrição automática de atividades suspeitas, e poder até configurar se o aplicativo pode visualizar seu ID e acessar a internet.
A parte ruim vem do fato que além da tradução inglesa estar incompleta, principalmente pelo lado dos aplicativos do sistema, também é lotado de bloatware, que são aqueles aplicativos de fábrica que normalmente não tem utilidade pro usuário e são mais como uma propaganda.

ROM Global: Por mais que não cheguei a experimentar a ROM Global, o objetivo dela é basicamente ser uma ROM (sistema) que é instalada por cima no qual faz o aparelho se comportar de forma similar a Versão Global, fornecendo mais idiomas como o PT-BR, e os serviços Google. O problema da ROM Global vem que não se sabe se está usando a oficial, ou uma alternativa, além de possível má instalação no processo, que pode acabar gerando experiência instável, os aplicativos de banco não funcionarem, e principalmente o NFC não funcionar.

E é por isso que fui atrás de uma outra solução: Desbloqueei o bootloader com o Mi Unlocker, que deu o prazo de uma semana, e instalei por cima a xiaomi.eu.
A xiaomi.eu é um projeto da comunidade que cria uma Custom ROM que usa a MIUI Chinesa como base, mas remove todos os bloatwares e propagandas e prepara para o uso Global, tendo suas próprias traduções (obviamente incluindo PT-BR), e todas certificações importantes presentes, fazendo com que os aplicativos de banco, NFC e Netflix funcionem sem dar problemas, além de melhorias no geral.
Não tenho muito o que adicional conforme a experiência de usuário: Foi exatamente como prometeu, mantendo até mesmo os aplicativos como Discador da Xiaomi, e pelos meus testes, o NFC funciona normalmente, além de claro, os aplicativos de banco também.

Uso do smartphone: Primeiras impressões

Resumidamente:
-Sobre o NFC e Bancos: Após instalar a xiaomi.eu, estou feliz em dizer que funciona normalmente, foi testado e não houve problemas.
-Sobre o 4G: Tendo todas as bandas do Brasil, está funcionando normalmente.
-Sobre a Tela: Definitivamente o brilho elevado e as bordas são perceptíveis, que dá aquela sensação de aparelho premium, por outro lado, estranhamente não vi muita diferença da resolução FHD+ pra WQHD+, irei testar melhor antes de tirar alguma conclusão.
Sobre o leitor de digital na tela: Dá a sensação maior de premium e é bem satisfatório, mas não é mais rápido que um físico.
Sobre a construção: Extremamente premium, usando alumínio e cerâmica, e até a presença do famigerado IP68, mas em troca, também perceptível seu peso.
Sobre o processador: Não cheguei ainda a fazer testes de estresse e elevar ao máximo de uso, logo, no dia a dia não está fazendo diferença exceto pelo fato que já chegou a esquentar.
Sobre as câmeras: Ainda não tive muita oportunidade de testar como eu queria, mas sendo um dos focos o seu conjunto, é bem confortável ter uma qualidade consistente nas câmeras traseiras, além de eu estar aproveitando cada vez mais do zoom óptico de 5x. Tem bastante visibilidade a noite também.
Sobre a tela traseira: Com certeza é o maior diferencial do aparelho, ainda falta eu me adaptar mais para usar atalhos e principalmente a câmera através dela, no geral é bem interessante.
Sobre a bateria: Média de 6:30h de tela por ciclo, o que não surpreende pelo fato do Snapdragon 888 ter a fama de não ter um bom gerenciamento de temperatura e bateria.
Sobre o carregamento: Sendo 67W, leva cerca de 30m para uma carga completa. Já sem fio e reverso ainda não foram testados.

Preço e disponibilidade

O aparelho ainda está disponível a venda no Aliexpress pelo valor de aproximadamente R$ 3.200.

Xiaomi Mi 11 Ultra 8GB/256GB

R$ 3233,32

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